O Departamento de Saúde de Buritama oferece gratuitamente tratamento de combate ao fumo. O programa conta com uma equipe multidisciplinar composta por médica, psicóloga, enfermeira, farmacêutica, nutricionista e fonoaudióloga. As reuniões são feitas em grupo e os participantes recebem orientações direcionadas ao tabagismo.
Em agosto, iniciou o terceiro grupo com 20 pessoas, além do tratamento clínico, também é oferecido medicamentos para abandonar a dependência do cigarro. O morador interessado em participar do programa precisa se cadastrar na Unidade de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência ou no Centro de Especialidades, localizado próximo ao almoxarifado municipal. Não precisa ter idade mínima para fazer parte do tratamento.
No município, o programa foi instituído em 2009, por ano são criados quatro grupos, com 20 pessoas. Já passaram pelo tratamento aproximadamente 800 pessoas. A média que param de fumar atinge os 70%, cerca de 560 moradores. O tratamento dura quatro meses. Segundo a psicóloga Maria Cristina dos Santos Goularte, o tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (ONU) como a principal causa evitável de morte.
“O cigarro oferece muitos malefícios para à saúde como câncer de pulmão e também vários outros cânceres, além infarto, trombose, enfisema pulmonar, infarto do miocárdio, bronquite crônica, sinusite, desnutrição, elefantíase, envelhecimento precoce da pele, aborto e a má formação fetal”, explicou a psicóloga.
Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Mirlene Cristina de Freitas Garcia, a meta é direcionar o fumante para o programa de tabagismo. “A pessoa que fuma precisa optar por deixar de lado o vício e escolher viver com saúde. O tratamento é gratuito e os profissionais inseridos no programa atuam para sensibilizar e mostrar os benefícios de cada etapa. É importante também que o fumante se sinta motivado e tenha propósito para parar de fumar”, disse.
O processo de parar de fumar pode causar estresse, além disso, alguns fumantes apresentam tensão ou ansiedade como sintoma de abstinência. “É importante que o morador reafirme o desejo de parar de fumar, pois quanto mais fumar, mais chance terá de ficar doente. É necessário ter paciência e persistência, já que os benefícios serão muitos, entre eles, melhora da respiração e circulação, fim da tosse e do pigarro, melhora da pele e principalmente elevação da autoestima”, concluiu a psicóloga.
COMBATE
É comemorado no dia 29 de agosto o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data criada em 1986, com a meta de conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos do cigarro na saúde das pessoas. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo.
Segundo a OMS, o consumo do cigarro mata sete milhões de pessoas por ano e são mais de um bilhão de fumantes adultos. Dados apontam que, em 2016, 376 milhões de indivíduos eram usuários de produtos derivados do tabaco que “não produzem fumaça”. O cigarro pode afetar o sistema cardiovascular. Por ano, as doenças cardiovasculares ocasionam 17,9 milhões de óbitos.
Texto e foto: Assessoria de Imprensa
