Projeto transforma crianças em escritores na rede municipal de ensino

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Imagine unir a criatividade, folhas em branco e lápis coloridos: tudo ao alcance das crianças. Jogadores de futebol, princesas, heróis, monstros foram transportados para as páginas dos livros criados pelos alunos das escolas Odete Feroldi e Maria do Carmo Cunhas Guerbas. Já dizia Clarice Lispector “escrever é prolongar o tempo, é dividi-lo em partículas de segundos, dando a cada uma delas uma vida insubstituível”.

O projeto ‘Estante Mágica’ é simples: a escola se cadastra na plataforma, escolhe a proposta de conteúdo que pretende adotar em sala de aula e a partir daí cada aluno cria sua própria história, com textos e ilustrações. O produto final é um livro que irá transformar 483 alunos em pequenos escritores. A meta é estimular a criançada por meio da escrita e leitura para dar autoconfiança, o que motiva e aumenta seu aprendizado.

A iniciativa foi do orientador pedagógico João Vitor Basso Barbosa, da Assessoria Pedagógica Coesa, com o apoio dos professores e dos pais dos alunos das instituições. Segundo ele, os estudantes já concluíram as histórias e os desenhos. A escola Maria do Carmo, de ensino fundamental, conta com estudantes de 6 a 10 anos, ao todo, são 326 crianças matriculadas, já a Odete Feroldi (ensino infantil) tem 157 alunos, entre 4 a 5 anos. O projeto contará com noite de autógrafos previsto para novembro. Os pais têm duas opções para adquirir as obras, por meio do conteúdo eletrônico (E-book) no site da ‘Estante Mágica’ (gratuito) ou na compra da edição impressa.

“Quando o discurso tem uma função social, ele será lido, eu vou existir como autor. É muito diferente. Há uma integração muito forte das famílias, já que são as produtoras da biografia das crianças, é um trabalho de supervalorização do ser humano. Fazer com que a criança veja valor no que ela produz, é produção textual com função social. Ela escreve uma história porque vai ser lida, editada”, comentou Basso, ao sintetizar que o projeto é de ensino à leitura, à literatura e a produção de textos.

Conforme a diretora do Departamento de Educação, Vânia Cristina Frazatti Gambera Dias, o hábito de ler e produzir é importante para o desenvolvimento das crianças. Ela citou que o projeto contribui para aumentar a imaginação, ajuda a desenvolver a capacidade criativa, promove novas habilidades linguísticas, trabalha as emoções e aprimora as habilidades comunicativas. “Um dos desafios dentro da escola é aproximar os alunos dos livros em meio à tecnologia, com o projeto, estimulamos as crianças nas habilidades de leitura e escrita, com isso é possível formar leitores mais conscientes e despertar os alunos para novas possibilidades dentro da literatura.

As crianças do ensino infantil foram estimulas a criar seus próprios desenhos com base na história contada em sala de aula. O aluno Alexandre Henrique Soares Vasconcelos, 5 anos, desenhou um lenhador, floresta e vários bichos. “Gostei muito de desenhar e aprendi que não podemos destruir a casa dos animais”, disse ao concluir que tem vontade de ser escritor. “Quero poder contar outras histórias para meus amiguinhos”.

De acordo com o pequeno escritor Vitor Dias Campos, 4 anos, a próxima história a ser contada terá um dinossauro como personagem. O desejo dele é utilizar a narrativa para mostrar como às pessoas prejudicam o meio ambiente ao jogar lixo na natureza. “Aprendi que as ruas devem ser limpinhas e que não podemos sujar a cidade”, diz.

O aluno David Pedro Santana Paulino, 10 anos, elaborou uma história de terror, com o tema ‘A Pizzaria Assombrada’. Ele reiterou que a produção ajudou a desenvolver a mente e seu aprendizado. “O livro me auxiliou a melhorar minha escrita e o desenvolvimento dos meus desenhos”, ao frisar que deseja ser engenheiro civil. Na biografia, David escreveu “tenho muito orgulho de escrever esse livro, porque é um prazer ser reconhecido como escritor”.

Isabele Caroline Oliveira da Silva, 10 anos, produziu a obra ‘Como criei meu alfabeto’. Com o trabalho, a pequena escritora mostrou seu desejo de ser professora e ajudar as crianças na alfabetização. “Tenho vontade de escrever outros livros. Gosto muito de ler e já li cerca de 30 livros”, concluiu.

Texto e fotos: Assessoria de Imprensa

Publicação: 23-09-2019

 

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