O SAAEMB (Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente) de Buritama realiza na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) o controle de todo dejeto coletado através do emissário localizado na Rua dos Pereiras e destinado para a lagoa de tratamento, localizada na estrada vicinal Antônio Alves Teixeira – Km 2.
O esgoto, ao chegar à lagoa de tratamento, passa por um pré-tratamento que consiste em retirar todo material sólido e areia, e no decorrer do seu processo ocorre toda a degradação da matéria orgânica, envolvendo a participação de bactérias facultativas e estritamente anaeróbias, reduzindo em até 60% da carga orgânica já na primeira fase. Depois o esgoto é destinado para a segunda lagoa: o tratamento é predominantemente biológico, removendo as impurezas por meio de reações bioquímicas realizadas pelos micro-organismos.
Segundo a química da autarquia, Letícia Possani, o tratamento biológico é a forma mais eficiente de remoção da matéria orgânica dos esgotos e apresenta baixo custo. “Isso diminui muito a incidência de doenças com contaminação hídrica. Cerca de 50 tipos de infecções podem ser transmitidos para uma pessoa, através de água contaminada, do alimento e do solo” disse, ao acrescentar que outra importante razão para tratar o esgoto é a preservação do meio ambiente. “As substâncias presentes no esgoto diminuem a concentração de oxigênio dissolvido na água, causando a morte de peixes e outros organismos aquáticos, além do escurecimento e do mau cheiro”, afirma.
De acordo com o diretor do SAAEMB João Fermino Falleiros, o tratamento do esgoto é um requisito para adquirir o selo Município Verde Azul destinado às cidades que atendem às exigências do programa. “A falta de tratamento dos esgotos e condições adequadas de saneamento podem contribuir para a proliferação de inúmeras doenças causadas por parasitas e infecções”, comentou.
Letícia disse que o SAAEMB coleta e trata todo o esgoto gerado pelo município. A autarquia monitora e controla o lançamento do esgoto que é feito no córrego Palmeiras. São feitas análises para atender os padrões estabelecidos pela legislação. “O compromisso é não alterar a classe ou a natureza do rio receptor”, elenca.
O diretor frisou que a população também pode contribuir com a qualidade do serviço prestado. Ele citou algumas ações: não jogar material sólido na rede de esgoto para evitar o entupimento; usar detergentes biodegradáveis; ter caixa de gordura nas residências; não canalizar água da chuva na rede de esgoto; tudo isso pode entupir e romper as redes e pode também transbordar os poços de visita e causar o retorno de esgoto nas casas; além de evitar descartar produtos tóxicos como querosene, gasolina ou thinner para não contaminar o curso da água receptora.
Em Buritama, conforme Letícia, todo o esgoto produzido no município é 100% tratado. “Somente os loteamentos à beira do rio ainda possuem fossas sépticas que ao serem limpas têm o material recebido e tratado na lagoa de tratamento”, explica.
Lagoa de tratamento
O SAAEMB (Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente) de Buritama recebeu recurso do FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para o desassoreamento da primeira lagoa na estação de tratamento do município. A obra contribuirá para a melhoria do serviço prestado e beneficiará a qualidade da água descartada que será mais segura.
Texto: Assessoria de Imprensa
Foto: SAAEMB