Agulhas, linhas e guardanapos, são alguns dos objetos utilizados pela artesã Roseli Pereira. Há três anos no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) e um desejo no coração que diz “conseguir renda para tentar estabilizar minha vida financeira”. Aos olhos, a beleza de seus trabalhos chama à atenção até dos menos atentos.
É possível sentir que ao trançar uma linha a outra, seus sonhos tornam-se reais. Uma peça concluída transforma-se em renda. Com o dinheiro, segundo ela, compra medicamentos de uso contínuo e controlado e busca suprir as necessidades básicas das filhas. E para alcançar seus objetivos, a artesã comentou que é preciso ter comprometimento e responsabilidade para que aconteça um trabalho bem executado.
“O artesanato é importante em minha vida, pois chegou no momento em que eu mais estava precisando de um apoio pois, sofro de depressão e não possuía renda o suficiente para suprir necessidades básicas da minha casa. E que agora com a ajuda do CRAS, pelo curso de artesanato, posso produzir peças que me ajudam a suprir essas necessidades principais”, explicou Roseli.
O mercado para o artesanato aumentou, seja na venda de porta a porta, ou em feiras livres, atualmente, o público sente o desejo de consumir produtos em crochê, bambu, tecidos, sabonetes, cosméticos, EVA, patchwork, biscuit, MDF, fuxico, feltros, entre outros. Estes materiais se transformam em artigos de decoração e podem ser comercializados para gerar renda à família. “O artesanato é uma oportunidade de trabalho. Realização profissional, social e desejo reconhecimento profissional”, frisou Roseli.
Segundo a diretora do Departamento de Assistência e Desenvolvimento Social, Gislaine Murakami Rodrigues, as oficinas contribuem para o fortalecimento da função protetiva da família e o favorecimento da autonomia financeira do responsável familiar. Ela explicou também que o morador se sente capaz de dar subsistência à família na melhoria da qualidade de vida.
“São ações planejadas com a demanda existente no território observando vulnerabilidade e risco social respeitando o perfil e habilidades de cada indivíduo participante. O aprimoramento na execução das atividades é desenvolvido de acordo com uma avalição técnica, realizada por instrumentais de acompanhamento e monitoramento de todo o processo desde o momento da acolhida”, salientou Gislaine.
NOVAS ALUNAS – Para a aposentada e aluna Maria Aparecida Silva, no artesanato ela aprende as técnicas e também faz novas amizades. Ela deseja conhecer novas pessoas e fazer atividades para aumentar a autoestima. “E quem sabe fazer uma renda extra, assim como bordo os meus chinelos e vendo. Fico feliz e eu amo tudo que pertence ao artesanato”, acrescentou que deseja sair da rotina doméstica e se aperfeiçoar na atividade. Já Ângela Oliveira do Nascimento Souza frisou que o aprendizado deve gerar renda. “Quero aprender para vender”, finalizou.
Informações pelo telefone (18) 3691-2759 ou no prédio do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) localizado na rua Romeu Brito, 475, ao lado da escola Odete Feroldi, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.
OBJETIVOS – O Departamento Municipal de Assistência Social como órgão municipal na função protetiva básica atua no território e na família através do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), com equipe técnica de referência. Para que a Proteção Social Básica aconteça é necessário estruturar as ações de forma integrada. “Como por exemplo, atendimento social e acompanhamento familiar, ações socioeducativas com grupos, ações de capacitação profissional e geração de renda, ações intersetoriais e em parceria com a rede local como saúde, educação, cultura, lazer e esporte, etc.”, disse a diretora do Departamento de Assistência e Desenvolvimento Social, Gislaine Murakami Rodrigues.
A diretoria explicou que os serviços não acontecem de forma linear, mas numa relação de complementariedade. Ela comentou que não se pode tratar as ações de capacitação profissional e geração de renda, de forma isolada. O Departamento é responsável por gerenciar a dotação orçamentária disponibilizada pela União, Estado e Município para a execução das ações, serviços, programas e projetos.
“As pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social, que constituem o público-alvo do CRAS, precisam ser capacitadas para organizar-se a conquista de renda, sobrevivência ou ganho de poder, mas não basta inseri-las em cursos e oficinas sem que antes tenham passado pelo atendimento social, orientação individual ou trabalho em grupo que possibilite o desenvolvimento do seu potencial enquanto cidadão”, finalizou.
Texto e foto: Assessoria de Imprensa