[vc_row][vc_column][vc_column_text]O produtor pode questionar qual melhor forma de produzir alimentos orgânicos e qual seria o manejo correto para combater pragas e doenças. Para quinze agricultores da Associação Buriti, de Buritama, o curso de tomate orgânico pode se tornar uma nova opção de mercado para a produção de produtos sem o uso de agrotóxicos. Dados do SEBRAE apontam que 15 mil propriedades são certificadas e estão em processo de conversão, do total 75% pertencem a agricultura familiar.
As aulas começaram em março e os agricultores aprendem técnicas de preparo do solo, plantio, condução da lavoura, controle de pragas e doenças, frutificação, colheita e beneficiamento. São 12 aulas e o término do curso está previsto para agosto. Os alunos vão plantar cinco variedades da fruta, entre elas, Italiano, Saladete, Caqui, Santa Cruz e Cereja, a prática acontece na chácara municipal “Alípio Celestino da Costa”.
Segundo o engenheiro agrônomo e instrutor do SENAR, Renato de Souza Pulli, a agricultura orgânica ainda não é uma tradição na região, mas que o setor está em ascensão. Com o selo de certificação, o número é pequeno, entretanto, a demanda por produtos sem agrotóxicos cresce no país. “O curso consiste na produção de tomate saudável sem agrotóxicos e produtos químicos. Hoje pode ser encontrado em grandes redes de supermercados, mas também pode ser vendido em programas do governo, cestas de produtos ou diretamente ao consumidor”, explicou.
As pragas e doenças, conforme Pulli, podem ser combatidas através do controle biológico, nutrição do solo, plantas e manejo alternativo, como o uso de armadilhas entomológicas e luminosas. Os alunos aprendem desde a produção de mudas até a colheita no sistema. Os produtores podem entender todo o processo e ver na prática os resultados na colheita dos tomates orgânicos.
O custo de produção do tomate orgânico em relação ao tradicional é parecido. A diferença está no valor agregado ao produto. O principal fator é ter um alimento saudável nas refeições diárias. “O agrotóxico pode afetar o consumidor de muitas maneiras, como o fígado, pulmão e outras partes do corpo, direta e indiretamente”, frisou o engenheiro.
Para o instrutor, o tomate é um dos produtos mais consumidos no Brasil e no mundo. “Há um potencial muito grande a ser explorado, juntamente com o aumento crescente da demanda pelos produtos orgânicos. A agricultura orgânica, além de fortalecer os alimentos saudáveis, também se preocupa com a qualidade de vida dos consumidores”, acrescentou Pulli. Os frutos cultivados de forma orgânica têm valor de mercado superior a 30%, em relação à produção com produtos químicos.
De acordo com o médico veterinário e responsável pela Casa da Agricultura de Buritama, Milson Aparecido Polizel, o tomate livre de agrotóxicos é produzido em um ambiente controlado. “O custo da produção não é muito diferente, mas por ser orgânico você irá vender por melhor preço, já que é livre de agrotóxico e é saudável”, reforçou.
A capacitação é realizada pelo SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), com apoio do SIRAN (Sindicato Rural da Alta Noroeste), da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), Governo do Município de Buritama e Casa da Agricultura.
CONHECIMENTO
O presidente da Associação Buriti, Gilson Fábio de Oliveira, conta que o curso de tomate orgânico oferece informações de cultivo do fruto sem agrotóxicos. Os quinze produtores podem se adaptar às mudanças de mercado e garantir maior valor na comercialização do produto.
Texto e fotos: Assessoria de Imprensa[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery interval=”3″ images=”7479,7480″ img_size=”full” title=”Tomate orgânico”][/vc_column][/vc_row]