[vc_row][vc_column][vc_column_text]Produções mais sustentáveis e o bom uso da tecnologia são recursos que podem ser explorados por 16 participantes do curso de aquaponia realizado em Buritama. O grupo aprendeu técnicas para criar peixes interligado ao cultivo de verduras, de forma integrada e colaborativa, sem causar danos ao meio ambiente. A produção utiliza apenas 10% da água. Pode se tornar uma alternativa de produção sustentável no Brasil, principalmente, em regiões com escassez de água e solos não férteis.
O sistema utilizado no curso é a produção de peixes em caixas d’água e ligado com plantas em tubos. O modelo é viável para produtores rurais ou até em pequenos terrenos urbanos, já que ocupa uma área de apenas 10 metros de comprimento por 3 metros de largura, ou seja, 30 metros quadrados, produzindo 20 quilos de peixes a cada 6 meses e 192 pés de hortaliças, com um ciclo produtivo para alface de 21 dias. Podendo utilizar todo tipo de peixes, onde a ração diária fornecida é que determina o número de plantas, como, por exemplo, 1 quilo de ração diária suporta 250 pés de plantas, sem uso de adubos químicos
A dinâmica do sistema aquapônico inicia-se no fornecimento de ração aos peixes. É a entrada de insumo mais importante, juntamente com a amônia eliminada naturalmente pelos peixes. Ambos são convertidos em nutrientes, posteriormente, serão absorvidos pelas plantas, tornando um sistema fechado de recirculação de água. O sistema apresenta uma vantagem frente a outros mecanismos, já que trabalha com dois tipos de produtos simultâneos: peixes e hortaliças, podendo ser implantado em pequenos, médios e grandes sistemas de cultivo de produção.
De acordo com o engenheiro agrônomo e instrutor do Senar, Odenir Visintin Rossafa Garcia, a aquaponia é um sistema inovador por ter vantagens produtivas e ambientais, tais como a utilização da água no lugar da terra e com baixo gasto, produção contínua de nutrientes que são transformados em produtos absorvíveis pelas plantas, uso zero de fertilizantes e agrotóxicos, ciclos de plantas mais rápidos que os cultivos convencionais, produtos ‘ecológicos’ e com valor agregado.
“As principais vantagens e benefícios do sistema de aquaponia são: produção de peixes e olerícolas sem geração de efluentes poluentes a serem descartados no solo; economia de 90% de água, pois se trata de um sistema de recirculação, sendo assim, a única água reposta no sistema é a quantidade absorvida pela planta e pela atmosfera; maior produção em uma menor de área; tecnologia de biossegurança: baixíssima probabilidade de escape de peixes ou de patógenos para ambientes aquáticos naturais; redução de custos com mão de obra; o sistema de produção é muito mais natural, pois não utiliza agrotóxicos, pesticidas e herbicidas e vegetais mais saudáveis com maior tempo de durabilidade”, explicou Garcia.
A participante Maria Aparecida Madeira Zeferino disse que pretende levar todas as informações do curso para Minas Gerais. A meta é incentivar amigos e familiares a produzirem alimentos orgânicos e também a geração de renda, por meio de um trabalho sustentável. “O que me levou a participar deste curso foi a procura por saúde, por se tratar de alimento livre de agrotóxico e carne de peixe sem contaminação”, salientou.
A capacitação foi oferecida pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em parceria com o Governo do Município e Casa da Agricultura. O curso conta ainda com o apoio do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati).
A Casa da Agricultura fica na rua Floriano Peixoto, 735 – Centro. O local atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h. Informações: (18) 3691-1248.
Texto e fotos: Assessoria de Imprensa
Publicação: 11-12-2019
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