O Departamento de Assistência e Desenvolvimento Social realizou na quinta-feira (31), na Câmara Municipal, o 1º Encontro Municipal de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. O evento fez parte das ações da campanha ‘Agosto Lilás’, instituída para promover a conscientização pelo fim da violência à mulher.
Durante o encontro foram abordados os temas: contextualização histórica dos direitos da mulher no Brasil; conscientização da violência contra a mulher; quais os tipos de violência e como identificá-las; os direitos da mulher; ‘Lei Maria da Penha’ e os canais de denúncia da violência contra a mulher.
O encontro fez referência também ao aniversário da Lei Maria da Penha, instituída pela Lei nº 11.340, em 7 de agosto de 2006, que neste ano completou 17 anos. Reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das três melhores legislações do mundo em relação à violência doméstica.
De acordo com a defensora pública, Nelise Christino de Castro Santos Ogawa, é considerado violência doméstica contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral e patrimonial. Ela comentou ainda que pode ser praticada no âmbito da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto.
“Há cinco tipo de violência, entre elas, violência moral, violência psicológica, violência física, violência patrimonial e violência sexual. Se a relação de afeto com outra pessoa lhe causa sentimento de submissão ou de ameaça, você pode estar em um relacionamento abusivo”, comentou a defensora.
Para a diretora do Departamento de Assistência e Desenvolvimento Social, Gislaine Murakami Rodrigues, é importante que a mulher tenha coragem para denunciar. Ela frisou que o público feminino pode encontrar ajuda no Centro de Referência da Assistência Social (CREAS), ou entrar em contato com a Polícia Civil, Polícia Militar (190) ou pela Central de Atendimento à Mulher (180).
“Muitas mulheres sofrem caladas tendo a esperança de que o parceiro mude o comportamento, sente medo de romper o relacionamento com medo das ameaças, sente medo e insegurança na aplicação da medida protetiva, fica com vergonha de procurar ajuda, sofre com a dependência econômica ou afetivamente do parceiro, sofre pressão social ou religiosa para a preservar a família, entre outras situações”, disse ao salientar que são várias as situações enfrentadas por mulheres que sofrem violência. “Você não precisa aguentar, deve procurar ajuda”, finalizou Gislaine.
O encontro contou com a presença dos vereadores (João Luiz Perez Junior e Maria Cristina Nobre Santos), da primeira-dama Camila Pereira de Souza Oliveira, da esposa do vice-prefeito Célia Cristina de Deus Batista, diretora do Departamento de Assistência e Desenvolvimento Social Gislaine Murakami Rodrigues, do coordenador da Proteção Social Especial (PSE) Caio Alexandro Barreto, do delegado Rodrigo José Goes Ribeiro, da escrivã Letícia Pinto da Rocha Tardochi, da oficial Tenente Militar Emily Sezalpino Zambrosi, além da Defensora Pública Nelise Christino de Castro Santos Ogawa.
Publicação: 04-09-2023 – às 08h50