[vc_row][vc_column][vc_column_text]Artesãos encontram na arte uma forma de valorizar a cultura regional, aquecer a economia e garantir a sustentabilidade. Entre os produtos que mais agradam os turistas estão: artigos decorativos, utilidades domésticas, pintura, tricô, bijuterias, madeira e a nova opção pode ser a pele de peixe. Reaproveitar materiais é uma das alternativas da Associação dos Artesãos de Buritama (AARTEB) para ampliar os produtos comercializados. Na região, o peixe é um produto bastante requisitado e com criatividade a sua pele pode se tornar peça de artesanato.
Para ampliar o conhecimento, os artesãos participaram de um encontro com a zootecnista e consultora de peles exóticas Amanda Hoch. A profissional informou que uma das técnicas utilizadas no couro do peixe é a tecnologia conhecida como ‘bio leather’. “Ao contrário dos processos convencionais de produção, nosso couro é curtido por meio da utilização de taninos vegetais e sintéticos que substituem os extremamente poluidores sais de cromo”, explicou.
Segundo a presidente da associação, Beatriz Ferrari Goulart, o objetivo do encontro foi apresentar uma alternativa para o uso do descarte da pele de peixe feito pela indústria. “Além de levar o conhecimento de uma técnica nova que diminui o descarte das peles in natura, que hoje na sua maioria é enterrada ou vira graxa, também mostramos que é viável a criação do curtume comunitário, gerando empregos e renda as famílias mais carentes”, disse.
Durante a reunião foram apresentados produtos confeccionados com pele de peixe como bolsa, jogos americanos, capa de agenda, brincos e chaveiros. “É um mercado em franca expansão, com grandes chances, até na exportação desse couro. Na região, ele pode ser muito bem aceito, uma vez que Birigui já é um polo calçadista e pode adquirir as peles. Isso sem falar na própria associação de artesanato que pode produzir peças criativas e atender os turistas, agregando valor ao mercado da piscicultura” explicou Beatriz.
A presidente comentou que a associação começou recentemente e a meta é uma feira permanente na cidade. Ela contou que, atualmente, o grupo conta com 24 artesãs e as integrantes participam de eventos organizados no município. “Estamos buscando cursos e novidades para nos capacitar e atender os turistas com trabalhos criativos, de bom gosto e com acabamento primoroso”, ressaltou.
Todo artesão usa a criatividade e adota ideias inovadoras para levar a mensagem da reciclagem às pessoas e fazê-las entender e praticar ações que diminuam o volume de lixo no ambiente. “O trabalho artesanal é único. Um nunca sai igual ao outro, pois ao confeccionar, o artesão deposita suas emoções, suas crenças e carinho. Deve-se valorizar o artesanato, não só por estes motivos, mas por que também gera renda, valoriza o ser humano e é muito usado como terapia ocupacional, transformando dores, traumas e até mesmo dependências químicas em arte e valorização humana”, encerrou Beatriz.
Texto e fotos: Assessoria de Imprensa
Publicação: 07-03-2019[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery interval=”3″ images=”10894,10895,10896″ img_size=”full” title=”Encontro com artesãos”][/vc_column][/vc_row]