O município de Buritama recebeu na terça-feira, 28, a oficina “Séries Fotográficas com a Câmera do Celular”. Durante a atividade os participantes realizaram dois exercícios: um de reflexão com base em quatro perguntas e ensaio exibido no final, feito com a câmera de celular.
O principal objetivo foi refletir sobre algumas opções diferentes de fotografia com os participantes, que normalmente têm péssimos hábitos de imagens pelo celular. A ministrante da oficina, Nati Canto, elencou cenas de vícios atuais como fotos do que comeram no dia, selfies para redes sociais, entre outros exemplos.
“São hábitos que eles têm por conta de uma vida de pouca leitura, pouco contato com bons museus de arte, falta de conhecimento de história da arte e uma vivência na internet focada para que suas fotos tenham o maior número de curtidas dos amigos nas redes sociais”, comenta.
Nati citou ainda que não há uma educação fotográfica ou midiática atualmente. “Qualquer pessoa pode comprar um celular com câmera, fotografar e se expor na internet. Isso não faz com que essa pessoa tenha conhecimento de fotografia e muito menos seja competente na área”, argumentou, ao salientar que desde 2013 faz parte do projeto MIS e já foi para mais de 40 cidades.
“Não somente a importância de participar de uma oficina de fotografia, mas de participar de atividades culturais na cidade é importante para aquela pessoa que queira se dedicar à fotografia. Oficinas de cinema, ter o hábito de leitura, música e tudo o que você puder se aprofundar culturalmente contribuirá para enriquecer a sua bagagem como uma pessoa que tem coisas para oferecer ao mundo”, encerrou.
Para Leandro Luiz Duarte Munhoz, a oficina mostrou a necessidade do pensar fotográfico. “Gostei do curso. Foi muito legal. A professora buscou estimular a criatividade de todos. Adorei”, afirmou. Outro aluno a parabenizar a iniciativa foi Milton Batista Borges Junior, dizendo que a fotografia está intrínseca ao ser humano. “O curso foi bacana, porque me fez refletir de uma forma complexa a linguagem da força da comunicação visual”, diz.
De acordo com a Diretora Municipal de Cultura, Luciene Santos Cândido, o MIS procura democratizar o acesso ao cinema, a fim de contribuir para a formação de plateias, a difusão de filmes e o estímulo à produção local. “O município oferece infraestrutura para a execução dos cursos, e o de fotografia é o primeiro a ser realizado neste ano”, ao reforçar que novos cursos devem ser disponibilizados.
Conforme o Governo do Município de Buritama, na administração do prefeito Rodrigo Zacarias dos Santos, o ponto MIS proporciona para as cidades do interior o acesso a cursos encontrados na capital. “Nossa administração trabalha para garantir que os moradores tenham oportunidades de participar de eventos e oficinas culturais”, o prefeito observou ainda que os cursos também podem ser mais uma oportunidade de trabalho.
O ponto MIS é um programa de circulação e difusão audiovisual que visa promover a formação de público e a circulação de obras do cinema. Estabelece parcerias para criar pontos de difusão audiovisual espalhados pelo Estado. Oferece filmes de curta e longas-metragens, acompanhados de atividade complementar, que pode ser desde um bate-papo com o diretor até uma oficina.
CONQUISTAS
Nati Canto recebeu menção honrosa pelo Prêmio Sesc de Fotografia Marc Ferrez e expôs na Mostra Livre de Artes (MOLA) no mesmo ano. De suas participaçōes, destacam-se prêmio leitura pública de portfolio no 42º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, participação no 62º Salão de Abril de Fortaleza, exposição individual no MIS, exposiçōes coletivas e individual na Zipper Galeria; exposição individual no Museu de Arte de Ribeirão Preto, prêmio aquisitivo na coleção Itamaraty de Arte Contemporânea e exposição coletiva em Xangai. Além disso, faz parte de acervos públicos e privados, como do acervo do Fundo de Investimento em Arte Contemporânea Brazil Golden Art (BGA) e Instituto Figueiredo Ferraz.
Texto e foto: Assessoria de Imprensa